Todos os dias na mesma janela.
Todos os dias vendo de um lado a chuva deslizar vidro abaixo.
Todos os dias, fazendo peso para que o calendário marque mas um mês sem...
Todos os dias me lembrando do que posso, e na onde o jogo acaba.
Todos os dias o incomodo chorar;
A asfixia noturna. Sempre me fazendo acordar com o coração pesado e amargurado.
Todos os dias a raiva crescente do próprio reflexo no espelho.
Todos os dias um novo fora.
Uma nova luta.
Todos os dias a falta de atenção aumentando e o delírio a caminho.
Todos os dias ter que fingir estar bem, sendo que dentro tudo já se explodiu; E o que resta é um hematoma pulsando, lançando internamente jorros sangrentos.
Nem todas as histórias tem finais felizes, a minha é a prova disso!
texto dedicado a ( Camila Rafaela )
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